segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Somos assim sem fim, afinal


São sessenta e poucos dias. Ora poucos, ora muitos. Ora bêbada com as amigas, ora deitada no teu colo vendo tv. Ora querendo abraçar a vida sozinha, ora querendo beijar você. Uma agonia filha da puta e o sentimento de covardia por não ter largado sua mão de vez no momento em que resolvi -aparentemente com muita firmeza- andar sozinha por aí, pegar a contramão da sua vida. Fui fraca. Fomos. E o que a gente faz agora? E o que a gente faz com tudo o que construímos? Onde eu despejo todo o amor e toda a mágoa que represo em meu peito? Em que colo eu vou deitar a noite pra ver a novela das oito e reclamar de todos os personagens? A minha mão tá tão vazia sem a sua! E ao mesmo tempo tô tão cheia de gás, de serenidade... Eu ainda quero voar, mas nunca hesito em pousar nos seus carinhos quando possível. Olha, você sabe que eu tô confusa, aliás, estamos, e eu não quero mais nos atrapalhar, nos estender e machucar. Vamos largar nossa mania de ser dois, deixar as vírgulas de lado e encarar o ponto final. Vamos nos reinventar, erguer a cabeça, abrir o coração e despejar no mundo todo o amor guardado. Quanto às feridas, elas deixam de sangrar. E quando sarar, não esconderei minhas cicatrizes de ninguém porque apesar de ter sido doído foi extremamente fantástico percorrer o caminho pra consegui-las. Foi um prazer inenarrável te chamar de meu amor e correr por aí lado a lado. A gente se vê qualquer dia, e quando a gente descobrir quem nos tornamos desde aquele dia que tomamos um porre e nos beijamos pela primeira vez, vamos lá naquele barzinho de sempre, contar o que a vida nos deu e, talvez, reavivar nossa história. Até logo.

Um comentário:

  1. Tentei copiar uma frase pra comentar que achei linda, mas aí achei mais uma, e mais uma, e mais uma... poderia copiar tudo pra dizer o quanto eu gostei (e me senti muito, muito representada por cada linha!)
    Acho que é um dos seus melhores textos!

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