quinta-feira, 24 de junho de 2010

Apelo pro apego


Vou confessar pra você: eu tenho medo. Medo de quando tudo acabar sentir falta do seu abraço nas noites sem nada pra fazer, de não saber mais dizer eu te amo pra outro alguém sem antes me lembrar das bobeiras que foram nossas, dos carinhos que foram só seus. Medo de ter desaprendido a ser absolutamente minha. O que há depois do amor ? Não sei, mas o toque suave das suas mãos passeando pelo meu corpo, os risos inocentes inspirando malícia, seu jeito mais bobo de dizer que também me ama, me fazem crer que depois do amor há mais amor, mais você.
A intransitividade do que eu sinto me irrita. Você é o meu verbo preciso, meu ponto final contínuo de um texto interminável. E isso dá medo. Se eu não me encontrar mais em mim depois de você, quem vai me reinventar ? Depois de você não suporto meu edifício inteiro sozinha. Amor é autodestrutivo. Me ocorre então que o que vem depois do amor depende única e exclusivamente dos amantes. Posto isso, você entende que meu futuro está em suas mãos ? Abrace-o como a mim, ame-o como eu te amo, cuide dele e do meu coração, que o futuro é o primogênito da nossa prole, e o amor é nosso estilo de vida.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Finalmente

Desde antes de nascer eu sabia que teria alguém pra segurar minha mão nos melhores e piores momentos que a vida reservaria pra mim. Eu tava certa. Mesmo com esse meu jeito destrambelhado e impulsivo de tentar fazer a coisa certa, você esteve aqui a todo tempo. Mesmo não me entendendo por vezes e por tantas outras ter me tirado a paciência e até a sensatez, e termos nos magoado simultaneamente, era o seu jeito de estar aqui.
Eu conheço e reconheço todos seus esforços pra colocar meus pés rumo à felicidade, mas o que você tem que entender é que nem sempre eles vão caminhar ao lado dos seus. Temos passos e ritmo de caminhada diferentes embora nosso destino seja o mesmo, embora desejemos estar sempre lado a lado.
Você, que deu-me o sopro da vida, está aprendendo com a mesma o quão ela é um presente perigoso de se dar, o quão ela pode ser traiçoeira e completamente inesperada. Aliás, se tratando da minha vida, podemos colocar o dobro de surpresas e incertezas como boa geminiana que sou. Estamos lidando com com nossos limites, pudores e medos, mas principalmente com os conceitos de respeito e liberdade.
A questão importante, e talvez a única, é que estamos falando de amor. Sempre ele, apenas ele. O culpado por nossas idas e vindas, nossas discórdias, dissabores, e porque não nossos desamores ?! A gente bem sabe que coração não se justifica, que o danado não pede licença pra bater mais forte ou simplesmente parar de bater, e só perdoa ou pede perdão quando ama descaradamente.
Nesse momento meu coração grita desesperado pra Deus e o diabo ouvir, que eu te amo descaradamente, que independente de qualquer volta torta que esse mundo doido possa dar ele vai continuar batendo e transformando em amor tudo o que sentir por você.