quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Mais um


Em cada singularidade do nosso amor, lembremos que tudo passa, que o tempo arrasta e que mais ' pra sempres ' virão. O segredo é atentarmo-nos às brevidades da vida. Não deixar passar em branco a perda do fôlego durante o beijo de despedida nem o entrelaçar dos dedos durante o filme do Woody Allen. Abraçar como se fosse o último abraço porque pode mesmo ser. Não escapar das brigas nem das lágrimas infindas cessadas por um pedido de desculpas seguido de uma frase de efeito bem clichê ao pé do ouvido. Aliás, usemos todos os clichês. Eles podem ser a única artimanha para descrever o momento. Devemos tratar nosso amor como único, mas sabê-lo como apenas mais um.