quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Lembrete


À medida que o som dos passos foram se aproximando, as batidas do meu coração aumentavam. Tum, tum, tum, tum tum tum tum ... Chegou. Me deu um daqueles beijos que começam delicados e vão se tornando intensos com os segundos, e assim me despiu da forma mais cafajeste: começou pela roupa e acabou com minh'alma nua. Sem segredos como armadura e sem criatividade pra juras de amor é como estou diante de você. Dei meus lábios, mãos e coração. Não deixe de me acarinhar em teu colo com aqueles beijos que sempre começam delicados, não me solte por aí sem rumo com o coração disrítmico e a cabeça sem saber o que fazer. Fica aqui, sempre por perto, e façamos sempre com que os problemas pareçam aquela conta no bar que a gente não tinha dinheiro pra pagar. A gente paga amanhã. A gente dá um jeito. E depois se embriaga de novo. E depois de uma conta paga, arrumamos uma grana e pagamos o próximo bar, e o próximo e o próximo. Só não podemos esquecer nunca daquele dia de chuva, da nossa música, daquele beijo, da confusão das mãos nervosas, do toque, da música que passou em seguida, do jogo de futebol, da distância, dos afagos. Não esqueçamos de nós conjugadas no pretérito subjuntivo e no presente do indicativo para que o futuro exista - na nossa vida- no modo imperativo.