segunda-feira, 2 de abril de 2012

Intensidade muda, supérfluos gritantes


Se é amor, é e pronto. Não questione, ou até questione. Mas a gente vai acabar vendo nos finais os nossos recomeços, porque se no meio há amor, os extremos não pertencerão ao tempo. As horas nada curam, apenas adiam o doce do sentir unindo bocas, braços, pernas e corações. Tudo o que escrevo dissolve e pesa na língua ao querer falar pros seus olhos o que os meus não conseguiram dizer com o silêncio. Mas digo mais alto nas linhas, com o silêncio do punho, o que muitos, sem nem ao menos sentir tanto como em meu corpo, escandalizam por aí. Escrever fere o peito, falar apenas seca a boca.

Nenhum comentário:

Postar um comentário